sábado, 19 de novembro de 2016

Colégio Pedro II



Então: ”redunda na existência de uma infinidade de tipos regionais, 
diferenciados por um ou mais aspectos; 
mas, que, para sistematização,
 são agrupados em fatores marcantes principais,
 para bem representar e diferenciar
 uma região natural da outra”.
 O que significa isso?
Não lembro da questão inteira,
apenas, do final da pergunta,
 que termina com uma palavra, que rima com bunda;
ops, nádegas, nada mais a declarar sobre a resposta.
Ih, falando nisso, também posso rimar,
mas, deixo no ar, porque ninguém ou quase, do chulo, gosta
e também não anulo, em respeito
aos meus colegas e amigos do peito,
do Ginásio, 69 a 72, turno manhã, 4ª Série,
turma 803, C, seção Humaitá, Zona Sul,
ainda Guanabara, capital, Rio.
“Colégio Pedro II”, padrão do Brasil,
antes, quem te viu, agora, quem vê "a tua cara"...
De volta a Recife, 1973, a vez da minha cidade natal,
assim, não fiz o Clássico, nem faria o Científico, que seria no Centro;
dentro de mim, um grande vazio
e “A Distância”, melodia que me consolava
a cada dia que passava, sem perspectiva de retorno.
"Everythin I Own", Bread, outra canção me embala
e pede a minha volta; então, fui ficando, 1976,
nos embalos do John Travolta.
Assim, concluí Mecânica, Técnico 
e comecei a cursar, até me formar em Engenharia, 
na mesma matéria e em Pernambuco, 1981.
Outra dinâmica, o tempo passou, 
filhos e netos nasceram, cresceram
e a eles, também, quero deixar essa memória
que a história não há de apagar e vice-versa.
Sim, pra mim é fácil, pois, dentro da prosa,
converso com versos e sigo a narrativa,
com a perspectiva de tudo contar.
Mais na frente, não, tá na hora, "simbora"; 
também falo do Largo da Glória-Leblon, 572
e outras opções de ônibus, 582, 574, 592, 
que eu pegava para ir à escola, ô, tempo bom!
Agora, 2016, há treze anos, um pouco mais, aqui no Ceará;
mas, voltando ao topo, talvez um prefácio,
aliás, a “decoreba” acima, eu carrego comigo,
quase como um futuro epitáfio.
É que as provas de Geografia, do Professor Ítalo, da 4ª Série,
tinham, sempre, dez questões,
duas, invariavelmente, sobre Regiões Naturais;
as demais, sobre temas diversos.
Então, decorei duas assertivas, na vã esperança, 
certo que cairiam em alguns dos exames, vexame!
Uma, com o tempo esqueci, 
a outra, seria redundante repetir;
enfim, nesta matéria, minha nota máxima foi oito,
logo, não foi bastante, o introito.
Não obstante, um dia, em paródia de hino, 
meninas e meninos, cantamos
“somos alunos do Pedro II”, 
no ritmo e na melodia de 
"qual cisne branco em noite de lua". 
Um preito à nossa instituição, 
não, um desrespeito à gloriosa Marinha do Brasil.
De fato, éramos, mas, sempre seremos
e agora, passados quarenta e tantos anos,
vemos estudantes "gramscianamente" lobotomizados,
invasores, não, ocupantes;
corja de militantes de esquerda, vagabundos e desocupados,
lutando por um ideal que desconhecem,
que merda, ninguém merece...
Enfim, nada contra a liberdade sexual,
mas, libertinagem, não;
“Ideologia de Gênero”. nas escolas, jamais,
pois, professores ensinam; 
mas, educação cabe aos pais.
Pena, não ser mais efêmero do que deveria sê-lo; 
pois, o marxismo cultural já “costurou” tal novelo, 
de quão lamentável cena.
Sim, quem vai questionar um “desviado" velho
dando aula de saia e trejeito?
PhoDa-Se o cool do sujeito,
pois, não é essa a questão,
não queremos doutrinação, cabe à família educar;
enfim, antes do fim que se aproxima,
quando a ressurreição do escaravelho,
como um Sol Nascente, vai deter essa doutrina?
De novo, desculpem o mau jeito e os impropérios que me valho;
mas, PoliTicamente "com o reto", o baralho!
“Vade Retro, Sa(PO)tanás!”
“Revertere ad Locum Tuum!”
Assim: a, ae, ae, am, a, a;
ae, arum, is, as, ae, is.
Sim: Nominativo, Genitivo, Dativo,
Acusativo, Vocativo e Ablativo, 
no singular e no plural,
são as terminações da 1ª declinação
deste vernáculo milenar, Latim,
apreendidos na 3ª e 4ª Séries, é sério!
Não lembro o nome do Mestre; mas, o de Matemática,
foi o rígido, nada de mau, professor Pinheiro.
Tal, me torna ao primeiro° dia de aula de Português, Gramática, 
quando o, depois “imortal”, professor Celso Cunha,
enfático, falou e eu nunca esqueci:
“tenho nove anos de Grego e treze de Latim”!
Mas, hoje, que língua é essa,
que transforma alunos e alunas em “alunXs”
e agora, já escrevem “alunEs”,
é um idioma estrangeiro?
Então, por que a, agora ex, PresidenTe quis ser PresidenTa?
Mas, degenerada, prePoTenta, 
o “e" não designa “o comum de dois”? 
Ou é feijão ou é arroz, um com outro é baião;
suruba, ops, seria macarrão?
Aliás, nem quero falar dessa anta nojenta,
pois, ninguém mais aguenta;
já disse antes e rePiTo: "vá pra cuba que pariu, maldita"!
Ih, lembrei-me do Buião, o ponta,
que, em 71, eu estava lá, fez os dois gols do Flamengo,
que não brigava por nada
e não fez conta que o "Glorioso"
já se proclamava campeão, por antecipação.
Então, no último jogo, contra o FluminenC,
alcunha futura,
o juiz ladrão, vulgo Sansão, tenebroso, deu a vitória ao tricolor,
clube que já nos roubara, em 1969, com louvor; 
daquela feita, o árbitro foi o Armandinho,
na derrota mais sofrida que vivenciei, a maior amargura
dos meus mais de cinquenta anos de flamenguista,
desde “Garotinho”; epa, menos; falo do tempo...
Mas, de volta ao CPII,
lembro que fazíamos bravata
pra não usar a gravata no padrão,
apertada no colarinho.
Sim, não queríamos bani-la,
apenas, afrouxá-la, devagarinho
ou como traves, enlaçadas,
descendo, espaçadas, sobre a camisa.
“Ih, lá vem o censor, avisa!”
Aliás, "tadinho", torcedor do América,
como o meu pai, que, graças a Deus, 
não me influenciou nessa mal querência; 
pois, filhos, geralmente, 
seguem os pais nessa preferência.
Mas, hoje, muito lamento, no meu caso, 
a prepotência e o deixar ao acaso,
as escolhas da minha descendência;
posto que, eles, filhos, têm,
pra mais de cem,
iguais ou distintas às minhas, também, enfim....  
Agora, graças às mídias sociais,
posso “copiar e colar” essa imagem
e relembrar, com saudade demais,
pedindo licença ao Casimiro,
“da aurora da minha vida,
da minha infância (adolescência) querida,
que os (meus quinze; não, oito) anos não trazem mais”!
Na foto desta postagem, maior indutora do extenso poema,
falta Carlos Alberto, (Pelezinho), o pretinho;
afro-descendente, o escambau;
era o ala direita do time de futebol de salão,
“picas” de futsal; aliás, lateral se batia com as mãos.
No alto, em pé, à esquerda, Roberto (Rei Tut), o goleiro,
depois, Marcelo (Hermann Monstro), Vanessa, a bela morena,
Lúcio da Silva Coelho, pivô e um dos artilheiros do time, 
torcedor do Botafogo, amigo e rival;
ainda, Tânia e ao lado,
Marquinho(s) Vianna ou Viana (Boa Boca)
da equipe, o “beque parado”; 
então, nessa lista, não "vi Ana" alguma!
Mais: Milton (Enciclopédia), flamenguista como eu 
e que me apresentou a coleção Mengo 70 e Gilson; 
ambos, não sei onde andam.
Fechando a fila, o amigo dos primeiros momentos,
Jorge Ramos Lauand (Caio, de Selva de Pedra);
 hoje em dia, tá mais pra Kojakkk...
Brincadeira e se a memória não me falha,
nesse Dia da Bandeira, é o seu aniversário, "parabéns"!
Aliás, também os meus cabelos, quanta diferença!
Mas, na fileira, logo abaixo, ainda perfilados:
Marco Aurélio (Beethoven), Olívia  
e em seguida, eu, Antonio Mario, 
só não entendi o apelido de Rei 
Hoje, eu só sei que tenho “TEI”, 
bem que eu tento e já tentei não tê-lo; 
então, só faço um apelo, não me provoque
e olhe que eu nem falei do "TOC",
que, também, não seria toque de bola; 
sim, os dribles consecutivos e sinistros,
de um ponta-esquerda arisco,
ala no salão e também, goleador;
que um dia teve um sonho
que não se realizou,
ser um grande jogador de futebol;
mas, não existia Internet e o tempo passou...
Ainda na fila, ao lado, a bela e falante Márcia Colonese; 
seria a paulistana tagarela, hoje, a tal procuradora do Rio? 
Estamos procurando no Google e também, ao Lúcio Muratori.
Depois: Sheila, Fátima Helena (Braz) e Valéria Serrano Faillace, 
hoje, Leite, a BBB, Botafoguense, Baixinha e Bonita; 
sim, há muito formou-se no ITA,
assim, nada pejorativo, são só os ativos,
se bem que, pra alvinegra(o), há muito não vale a regrahahah...
E mais: Jorge Américo, Luiz Antonio 
e Francisco José (Antonio Maria);
pra mim, todos, de vaga lembrança.
Mais à frente, sentadas, sempre da esquerda pra direita: 
Fátima Pinto (representante da turma), Iracema, Jalilie Andries Nogueira,
das belas pintinhas na face e que morava no Jardim Botânico,
que, nesses anos todos, eu pensava ser Andrews,
por isso, não a "Googlelizava";
então, como já sei, a invitei no FB, 
é só aguardar o retorno do convite.
Agora, sim, vem Eloína Pereira, a vascaína, 
sempre com seu avatar, "A Feiticeira".
Que sina, falo de futebol, da minha amiga, 
duas semanas mais nova; mas, sempre jovial,
a menina curitibana, mora(va) em Ipanema
e eu, em Copacabana, legal recordar!
Bem, como futebol não se discute, 
ainda mais com a editora da fotografia desse post, 
agora, no Face, mas, desde os tempos do Orkut;
então, a minha retina visualiza este cenário
e o imaginário me faz “transpirar” o texto.
Ainda: a loura Elizabeth,
Edilene e Maria Albertina (Crânio); 
depois, Marilene (Maria Navalha) e Maria de Fátima.
Finalmente, agachados: Antonio José, o vice-representante da sala; 
também vascaíno, só podia ser 2°, que sina do mala!
Depois, José Luiz, Luiz Brasílio (Djá Djá), Vítor, 
Marcelo Gomes e Wagner (Babão).
Está bom, mas, esses apelidos não os coloquei
nem todos os nomes e semblantes recordo;
Apenas, divulguei, digamos, “printei”,
mas, ainda quero falar do meu amigo
Wilson Medina Brício Júnior; 
que não estava na foto, por ter se mudado pra Sampa, no final de 71.
O cara era o “Tampa de Crush”
e no rush do grande ABC venceu, venceria qualquer um.
Também declaro, hoje, da Medicina; 
mas, também ausente da imagem, 
Mônica Eloísa Rodrigues d’Almeida Nunes Vieira
e retorno a 1970, 2ª série, Copa do Mundo, que viagem!
Se o Brasil ganhasse da Inglaterra e ganhou, faltou coragem...
Claro, mas, de outras turmas, 
não poderia esquecer da parceira da Eloína,
a bela e esbelta Eliane;
tampouco da Lia Cristina;
minha paixão tão repentina, que não conseguiu nem ser platônica,
tão instantânea, quanto a decisão momentânea dos meus pais,
de voltarmos ao torrão natal; que, de fato, eu não conhecia.
Mas, na alma, eu já sabia que não haveria volta, jamais
e nem adiantaria a revolta, de não poder retornar um dia.
Apesar do livre arbítrio, neste caso, não me cabia a decisão.
Então, penso que o nosso destino já está traçado,
ainda assim, feliz, lembro do menino que só quis
delinear o que dizem as linhas das mãos;
como no Tarot e em qualquer jogo divinatório,
não há predições, apenas, a certeza da encruzilhada do ilusório
e a tomada de decisão entre dois caminhos;
mas, um, ao escolhê-lo, 
tem-se a certeza do outro, sim, de não mais vê-lo;
pois, nunca haveria de sabê-lo.
Também, não haverá o certo, nem, decerto, o equívoco,
somente, a direção seguida;
por isso, para todos os passos, tudo que faço,
sempre evoco a proteção divina.
FLAmém!

9 comentários:

  1. Olá!
    Poeta! Cronista! Trovador! Parodiador! Ensaísta!!
    Humorista das palavras! Sentimentalista das letras!
    Gostaria de presentear-lhe com alguns versos do Gde e sábio Poeta do Oriente!
    "Pois o pensamento é uma ave do espaço que, numa gaiola de palavras,
    pode abrir suas asas, mas não pode voar." Khalil Gibran.
    Sucessos! Paz e mtas palavras substantivas de boas lembranças para si e para todos nós!!

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  2. Boa noite, Mônica!

    Grato pelos comentários, sempre motivado a escrever mais e muito envaidecido por tanta "rasgação de seda"! kkk...
    Muito legal esse poema do grande Khalil Gibran.
    Sucesso e paz pra você, também!

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  3. Que beleza de poesia :-) Velhos e bons tempos ... bons tempos e velhos amigos. Sempre é bom reviver boas épocas e principalmente, relembrar nosso colégio tradicional e maravilhoso, procurando esquecer como ele está atualmente. Melhor se refugiar no passado dele ... nós vivemos o Pedro II velho de guerra e essas lembranças bem vividas, ninguém pode nos tirar.

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  4. Sim, Eloina, as lembranças, boa e fortes, ninguém pode nos tirar! Até bem pouco tempo; neste caso, dez anos são, eu ainda tinha a camisa do último dia de aula...

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  5. Carro Antônio Mário, que bom saber que ainda existem poetas como você. Adorei viajar nas suas lembranças, que em parte são minhas também. Se eu tivesse a sua prosa eu falaria das minhas... como pegar o 573 São Salvador - Leblon todos os dias antes das 7h para chegar a tempo de carimbar a caderneta para entrar no primeiro tempo... Na volta, a brincadeira era pedir carona aos motoristas dos onibus pra volta de graça. “Dá carona, moço?” Hoje (acho) é obrigatório transportar estudantes uniformizados de graça... Muita coisa mudou... pra melhor. Lembro das aulas de Latim. Quem precisava daquilo? Eram tão ridículas que ridicularizávamos os professores. Tinha um que fumava pra caramba... se eu não me engano era o Wandick, catedrático, autor do livro. Tossia tanto que parecia que ia morrer ali mesmo. Tinha um outro, baixinho e careca, que coitado, um dia apareceu uma cabeça de boneca de plástico que voava de um lado pra outro da sala em plena aula enquanto a turma repetia: “olha a cabeça, olha a cabeça, irmão “. Eram tempos de Walter Franco e os últimos festivais da canção... Foram bons tempos. Só guardo boas lembranças dos tempos do CPII. Primeiro Humaitá e depois Centro. Por sinal foi lá que conheci a Maura, começamos a namorar e acabamos nos casando. Hoje temos 2 filhos e só faltam os netos... um abraço pra você e pra turma toda. Lúcio Muratori de Alencastro Graça

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  6. Fla x Flu , 10/06/2019 . O técnico do Flamengo é filho do jogador Marco Antonio, ex lateral tricolor. Tal como um flash da memoria surge um nome , Lucio Muratori. Lucio era um moleque muito educado, calmo e gentil, tricolor doente. Descobri um dia que Lucio carregava na carteira a foto do tal Marco Antonio , seu ídolo no futebol.Rapidamente fiz o que chamamos hoje de bulling , chamando ele de viadinho. Lucio ficou profundamente magoado deixou de falar comigo e até hoje me arrependo da minha atitude. Como estaria o Lucio hoje ? Botei no Google : Lucio Muratori / colegio pedro II / imagens !! Eis que surge a foto da turma da turma de 1972 e a poesia escrita pelo Antonio. Olho as fotos e aos poucos lembro de algumas pessoas. O maior nome do mundo do Antonio Maria , chamado de Francisco Jose Bonsoir Del Rey da Silva Duarte. O Antonio era obstinado, cheio de personalidade. Fizemos uma pequena competição de xadrez na turma , Antonio ficou em primeiro e eu em segundo. Até hoje guardo a medalhinha!!!
    Eloina ! moreninha , bonitinha e ficava na primeira fila ! meio marrentinha !!
    Gilson , me abordou na rua de moto ha muitos anos atras , era um oficial da Policia Militar do RJ . Milton, genio e brilhante aluno !!! é medico nefrologista no Sul. Que saudades ! Dja Dja não era apelido e sim meu sobrenome.
    Luiz Brasilio Djahjah ! Sou medico radiologista no RJ, pai de 2 filhos e ha 15 dias sou avô !
    Um forte abraço , para Lucio, Antonio e Eloina !

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  7. Luiz,

    SÓ HOJE VI A SUA POSTAGEM!
    O maior nome do mundo do Antonio Maria, chamado de Francisco Jose Bonsoir Del Rey da Silva Duarte; não é Maria, sim, Mario confesso que não entendi essa sua colocação, de Fco José...
    Sim, lembro de ter ganho um torneio de Xadrez na turma.
    "Dja Dja não era apelido e sim meu sobrenome"; vc escrevendo, lembrei do fato.
    Sou engenheiro mecânico, moro há quase 17 anos em Fortaleza, tenho dois filhos, 35 e 33 e dois netos, 15 e 7 anos. Vou deixar meu fone/zap aqui (85)996546969.
    Entre no grupo do Facebook.

    Abraços,

    Antonio Mario

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    1. Cá estamos em 2023 e o fone mudou, há alguns anos, é (85)988740898. Se alguém passar por Fortaleza, me ligue (WhatsApp). Abraços

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